Demissões diminuem 200% no Polo Industrial de Manaus

O Polo Industrial de Manaus (PIM) registrou uma queda de 212% nas demissões no primeiro bimestre deste ano. Ao todo, foram desligados 2.075 funcionários, sendo 637 em janeiro e 1.438 em fevereiro. No mesmo período do ano passado, foram registradas 4.490 demissões no setor, sendo 2.239 em janeiro e 2.251 em fevereiro.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Estado do Amazonas (Sindmetal-AM), Valdemir Santana, informou que a classe trabalhadora aguarda o reestabelecimento da economia.  Os atos públicos em todo o Brasil, inclusive em Manaus, manifestam repúdio contra a reforma da Previdência e a Lei da Terceirização que deve acentuar ainda mais o desemprego no país.

“O nosso Estado, infelizmente, não possui uma política industrial consolidada, então continua perdendo emprego com a crise e pode perder ainda mais com essas medidas. Nessa situação, ainda não vejo muita luz no fim do túnel”, criticou.

Valdemir disse também que nos últimos 2 anos já foram quase 65 mil demissões dentro do complexo fabril local. O desemprego também é refletido fora das fábricas, porque para cada emprego direto gerado dentro das indústrias, são gerados até quatro externamente, aumentando ainda mais o número total, que pode chegar a 250 mil desempregados no setor.

O presidente do Sindmetal explicou como algumas contratações pontuais não têm efeito no saldo de empregados. “As empresas demitem pessoas com salário alto e contratam outras com o mesmo cargo, mas com salário mais baixo. Então é como trocar seis por meia dúzia, é uma atividade que não gera nenhum efeito nos números gerais”, declarou.

Recuperação

O presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, disse que algumas empresas ainda estão precisando fazer ajustes e, por esse motivo, as demissões continuam, porque atividade da indústria segue retraída. “O consumidor ainda está muito receoso em adquirir os produtos do PIM e isso é um reflexo do momento socioeconômico que estamos passando em nosso país”, apontou.

Périco tem esperança na recuperação da economia nacional para reerguer a indústria do Amazonas. Segundo ele, é evidente que algumas empresas buscam aumentar seus quadros de funcionários, mas essa balança ainda continua com saldo bastante negativo. “Vamos acompanhar de perto e esperar que se estabilize logo o mercado inteiro para manter o número de empregos e resgatar a confiança do consumidor, para depois pensarmos em aumentar a atividade e gerar mais empregos”, finalizou.

Fonte: EM TEMPO

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