
Esgotado todos os diálogos com a direção da LG da Amazônia, o Sindicato dos Metalúrgicos está entrando com uma ação na Justiça do Trabalho.
A decisão da diretoria da LG da Amazônia em fixar, por conta própria, a PLR em R$ 3.100,00, não tem validade, porque não foi tomada em assembleia dos trabalhadores e nem porque não está de acordo com a proposta da diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos, que é de R$ 3.500,00, mínimo.
Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Valdemir Santana, a empresa LG usou de má fé, em se antecipar às negociações e tentar emplacar o mesmo valor oferecido em 2012, abaixo do que estava sendo proposto pela diretoria do Sindicato. A posição discriminatória da empresa coreana ficou evidente, quando ela sugeriu no ano passado uma PLR de R$ 3.100,00 para os trabalhadores do Amazonas e, ao mesmo tempo, pagava R$ 5.000,00 para os trabalhadores de São Paulo.
Com essa manobra a empresa coreana está tentando burlar a autoridade da comissão de PLR e fugir da responsabilidade da negociação. Essa, no entanto, é uma prática comum da diretoria da LG da Amazônia. Ela está sempre tentando fugir da responsabilidade com as Leis do Trabalho de nosso País e das Convenções Coletivas aprovadas em assembleias da categoria.
Mesmo diante das denúncias permanente da diretoria de base do Sindicato, em 2011 e 2012, ela obrigava os trabalhadores fazerem horas extras até às 22h, mas oficialmente só pagava até às 19h. O restante das horas era pago “por fora”, numa evidente tentativa de fugir da fiscalização da Superintendência Regional do Trabalho.
A Coreana também não cumpre parte da CCT (Convenção Coletiva do Trabalho), ao deixar de pagar a creche dos filhos dos trabalhadores. Em 2012, deixou também de pagar o retroativo dos trabalhadores que estavam com desvio de função, além de outras escapadas para não cumprir propostas firmadas com a categoria e o Sindicato. Ainda em 2011, a empresa entrou na mira do Ministério Público do Trabalho (MPT), através de uma representação do Sindicato, pela prática ilegal da “revista íntima”, que feria princípios constitucionais.
Esgotado todos os diálogos com a direção da LG da Amazônia, o Sindicato dos Metalúrgicos está entrando com uma ação na Justiça do Trabalho, para que o Tribunal cobre uma posição da empresa.