Em um ano de fraco desempenho da economia, que cresceu apenas 1%, o país conseguiu chegar a uma taxa de desemprego média de 5,5%. No mês de dezembro, o percentual caiu para 4,6%, ante 4,9% de novembro do ano passado. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil fechou 2012 com a menor taxa de desemprego da série histórica.
O principal responsável pelo baixo nível de desemprego foi o setor de serviços. Outra contribuição veio pela retenção de mão de obra, principalmente pela indústria. A política do governo de isenção de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), em 2012, para alguns setores previa a manutenção do emprego. Para a indústria, o custo de demissões é grande, sendo melhor manter a mão de obra represada nas empresas do que ir em busca da força de trabalho, quando a demanda voltar a se aquecer.
Hoje, a indústria deve estar aguardando a demanda aumentar e segura o empregado. Isso é uma acomodação. Em 2009, tivemos algo parecido. O comportamento ruim da produção é razoável para o mercado de trabalho. Foi um ano de fraca produtividade. Mas em 2010, o que se viu foi um crescimento forte, mas com as pessoas já empregadas. Isso pode vir a se repetir em relação a 2012 e 2013, sendo que não será um crescimento exuberante, como o de 2010, detalha o IBGE.
O percentual de trabalhadores com carteira assinada passou de 48,5% em dezembro de 2011 para 49,2% em dezembro de 2012 (11,3 milhões). Em tempos de baixa os empregadores estão atentos às contínuas quedas no desemprego. Com o desemprego baixo, se houver demissões, haverá poucos profissionais disponíveis no mercado, apontam..
Rescisão tem novo contrato
A partir de hoje as empresas devem usar o Novo Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho — TRCT, facilitando as informações ao trabalhador na hora de requerer o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e o seguro-desemprego, junto à Caixa Econômica Federal.