O maior desafio para motorista que precisam transitar nas esburacadas ruas do Distrito Industrial é dirigir em linha reta sem cair em uma cratera. O problema dos buracos do Polo Industrial de Manaus – PIM é velho e as medidas adotadas pelo poder público nunca atendem a real necessidade do setor industrial. A situação fica mais séria, se levado em conta, que é nessa área onde o Amazonas tem a sua maior geração de impostos e renda de todo o Estado.
A prefeitura da Suframa, por sua vez, vem se mostrando omissa e inoperante, com relação ao assunto e, insistentemente, transferindo as responsabilidades ao poder público municipal ou ao estadual. Os buracos são causadores de acidentes e danos materiais aos donos dos veículos, muitos deles trabalhadores assalariados das indústrias, que nunca tiveram os prejuízos ressarcidos pela Suframa.
Em algumas vias como na rua Iranduba, as crateras se apresentam uma em cima da outra e o limite de velocidade permitido na via sequer pode ser alcançado. O problema é antigo e medidas para resolver o problema, se limitam a operações tapa-buracos feitos na hora do Rush e durante a chuva. Poucos dias depois, os buracos pipocam novamente em todas as “vias recuperadas”.
Entre as vias que sofrem com o descaso, está a BR-319 e a sua imensa cratera localizada no retorno da Petrobrás. A cratera próxima ao meio-fio só permite passar apenas um carro por vez, provocando congestionamentos imensos na BR.
A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) justificou que a responsabilidade é da Prefeitura de Manaus e que sua competência está limitado a dois convênios com o governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra), para a construção de um futuro anel viário, que vai interligar o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes ao Distrito Industrial e portos da área e para revitalização das ruas Aninga, Miri-Miri e Tento.
Por sua vez, a prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Habitação (Seminfh), explicou que há uma publicação no Diário Oficial do Município (DOM) de 3 de janeiro de 2013 que responsabiliza a Seinfra e a Suframa pelas intervenções nas ruas do Distrito Industrial. Segundo a Seminfh, o texto define que a autorização não se restringe às obras objeto do convênio nº. 01/2012 entre a Suframa e governo do Estado/Seinfra, mas também para outras obras necessárias ou urgentes na malha viária do Distrito Industrial. A Seinfra informou, por meio de sua assessoria, que o processo de licitação das obras está em andamento. (AET)