
Vagner Freitas afirmou que a central pretende continuar apresentando sugestões e dando apoio à pasta, mas observou: “É preciso que a composição da equipe do MTE seja absolutamente democrática e não dominada por uma única central, como já ocorreu.”
A direção da CUT pediu nesta quarta-feira (27) ao ministro do Trabalho, Manoel Dias, que seja o “porta-voz” dos trabalhadores para encaminhar a pauta entregue no início do mês à presidenta Dilma Rousseff, com itens como redução da jornada e fim do Fator Previdenciário. O presidente da entidade, Vagner Freitas, também cobrou que o ministério tenha composição “democrática e plural”.
Dias, por sua vez, repetiu apelo feito na véspera no sentido de que as centrais o ajudem a “resgatar o protagonismo” do MTE.
O encontro ocorreu em Belo Horizonte, onde durante três mais de 60 dirigentes da CUT no Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo fizeram uma reunião regional de planejamento. Os próximos serão realizados em abril (Nordeste) e maio (Centro-Oeste).
Empossado há 11 dias, o novo ministro encontrou-se segunda-feira com a UGT, ontem com a Força Sindical e hoje com a CUT e a Nova Central. Na semana que vem, estão previstas reuniões com a CTB e entidades empresariais. No encontro desta quarta, ele reafirmou a necessidade de recuperar o peso do ministério nas decisões políticas e econômicas do governo.
Freitas afirmou que a central pretende continuar apresentando sugestões e dando apoio à pasta, mas observou: “É preciso que a composição da equipe do MTE seja absolutamente democrática e não dominada por uma única central, como já ocorreu.”
A referência é à Força Sindical, que na avaliação dos cutistas já comandou excessivamente o ministério durante a gestão de Carlos Lupi. O presidente da central, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, é deputado pelo PDT, legenda presidida por Lupi. O novo ministro também é do PDT. Neste momento, as centrais aguardam uma decisão de Dias sobre a permanência, ou não, de Manoel Messias Nascimento Melo na Secretaria de Relações do Trabalho. Dirigente da CUT, Messias foi levado ao governo pelo antigo ministro, Brizola Neto. Ontem, Paulinho defendeu a indicação de um nome “técnico” para o cargo.
Se o ministro garantir a democracia no órgão, terá o apoio da CUT, disse Freitas. Ele propôs que Dias seja o “capitão da negociação” da pauta trabalhista. “Queremos anunciar no 1º de Maio os itens que negociarmos e conquistarmos”, afirmou.
(Fonte: Assessoria de imprensa da CUT)