Entidades da indústria de Manaus dizem que salários e condições são regulares

Cieam e Sinaees defendem que o trabalhador da indústria tem benefícios significativos.

O presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco e o presidente do Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Estado do Amazonas (Sinaees/AM), Celso Piacentini defenderam que a carga horária excessiva e os baixos salários ofertados pelas empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) aos trabalhadores não são problemas constantes.

“As empresas podem ter excedido a carga horária permitida por conta do aumento de encomendas feitas em datas como o Dia das Mães. Ao invés de aumentar a capacidade, o número de trabalhadores, a empresa estabelece a hora extra. Ninguém faz hora extra sem precisar”, explicou.

Na reportagem publicada no Portal D24AM, várias entidades trabalhistas protestaram contra as condições de trabalho dos funcionários do PIM, chegando a mostrar que a situação chega a ser semelhante ao que ocorre na China.

De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal-AM) somando-se o tempo que o trabalhador passa no caminho até o local de trabalho e de lá até sua casa, o tempo gasto chega as 14 horas. Essa é a média de tempo em que um trabalhador da chinesa Foxconn passa dentro da empresa.

Quanto aos salários pagos no PIM, onde quase 40% dos trabalhadores recebem até um salário mínimo e meio (entre R$ 622 e R$ 933), conforme indicadores da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), Wilson Périco disse tratar-se de um dos valores mais altos do País. Na empresa Foxconn, denúncias levaram indústria a elevar o rendimento mensal de seus trabalhadores para US$ 400, cerca de R$ 700. “Tem que levar em conta que as fábricas de Manaus oferecem transporte, três refeições e creche. É um pacote que vai além do salário”, disse Périco.

Em 2011, a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE-AM) autuou 184 empresas com 482 ações por questão de segurança. Périco e Piacentini afirmaram que a maioria das empresas segue as normas e investe em segurança do trabalho.

Para o coordenador de Combate a Irregularidades no Ambiente de Trabalho do Ministério Público do Trabalho (MPT), Jorsinei Dourado, o governo e a Suframa precisam reavaliar a importância dada à qualidade dos empregos gerados no PIM. “É revoltante que empresas que se instalam no Amazonas, ganhando incentivos fiscais, tratem seus trabalhadores assim. Isso precisa ser reavaliado, pois não importa criar vagas de trabalho, se o empregado ficará doente e amanhã estará incapacitado para trabalhar”, alerta.

Em uma indústria de termoplásticos que possui quatro fábricas no Brasil, na unidade do Amazonas foram encontradas as piores condições de trabalho.

Fonte: Portal Diário do Amazonas ( www.d24am.com)

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