A empresa Procter & Gamble (P&G), responsável pelas marcas Gillette, Pantene, Pampers, é apontada pelo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas, Valdemir Santana, como “desleixada com a saúde do trabalhador.
De acordo com ele, pelo menos 60% do efetivo desta empresa é de mão de obra terceirizada ou temporária. São quase 900 pessoas sem serviço médico, sem contrato de trabalho, sem recolhimento dos impostos estadual e federal e nenhuma assistência ao trabalhador e suas famílias.
A Flextronics da Amazônia Ltda. (Flex), que caminha pela mesma rota do descaso com a saúde dos seus funcionários, tem uns 600 trabalhadores temporários e terceirizados, com os mesmos problemas de assistência médica e de contrato de trabalho.
Valdemir diz que está acionando o Jurídico do Sindicato, fazendo um dossiê com as reclamações dos trabalhadores para tentar reverter o problema de assistência médica e a solução para centenas de temporários explorados dentro destas empresas.
Outras indústrias como Transire Eletrônicos, que fabrica computadores e produtos eletrônicos e a indústria TecToy, que fabrica videogames e brinquedos de alta tecnologia, seguem o mesmo caminho da P&G e vão mais além.
“Elas contribuem para a legião de lesionados, que vagam pelas portas das clínicas do Sistema Único de Saúde (SUS) e das clínicas dos ‘planos de saúde’ de péssimo atendimento, igual a Hapvida, que já falamos em matérias anteriores, .
Valdemir disse ainda, que se nenhuma solução for dada ao caso, o Sindicato vai paralisar as empresas até que elas resolvam o problema de atendimento nas suas unidades.
De acordo com o presidente dos Metalúrgicos, as indústrias que tem plano mas não atende o trabalhador conforme o Acordo Coletivo da Convenção Trabalhista, terão de liberar para que eles procurem outro de melhor qualidade.
A paralisação das fábricas será de surpresa. “Quando eles menos esperarem, o Sindicato fecha o portão da fábrica”, antecipa.
Fonte: Correio da Amazônia