“Não precisamos de pacotes de novas leis e nem de novos decretos, para darmos continuidade ao modelo ZFM, criado em 1967 pelo governo militar e prorrogado até 2073 pelo presidente Lula e pela presidenta Dilma Rousseff. Nós só queremos respeito ao Estado, às nossas indústrias e aos nossos trabalhadores. Também, não precisamos voltar para a floresta, para desmatar quando temos um modelo industrial competente e em condições de gerar riqueza e estabilidade para a região”.
Essas são as palavras do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal-AM), Valdemir Santana, sobre o desconhecimento, cada dia mais latente, dos principais líderes políticos do Brasil, sobre a Amazônia, o Amazonas, as indústrias da região e o seu povo.
Valdemir garante que ‘se consultados’ como deveriam, os trabalhadores, os movimentos sociais e trabalhadores do Estado tem como passar conhecimento da melhor forma de preservar a floresta e como manter o modelo econômico de extrema importância para a região Norte. Mas o que se vê, são discussões vazias, feitas nos gabinetes e jogadas na mídia sem efeito prático.
Sobre a Reforma Tributária, Valdemir diz que é um assunto que interessa muito à Zona Franca de Manaus. Segundo ele, o que se espera desta Reforma, hora em curso, são garantia constitucionais de continuidade dos incentivos fiscais, não só para o Amazonas, mas para todo o País. “Hoje todos os estados tem incentivos fiscais, todos negociam IOF, II, IPI, IRPF, IRPJ, Cofins, PIS / Pasep, CSLL, INSS, ICMS e o Amazonas não pode ser diferente. Não podemos ser um estado isolado do Brasil”, comentou.
O Polo Industrial de Manaus gera mais de 110 mil empregos. Temos o único parque industrial 100% limpo do País, a Zona Franca de Manaus dá garantias à continuidade da proposta de ocupação, preservação e segurança nas fronteiras, mas, principalmente, garante empregos e renda para centenas de famílias residentes na ‘cidade estado’ (Manaus) e renda para centenas de milhares de trabalhadores de outras regiões do Brasil”, afirmou.
Por esta razões, segundo o presidente do Sindmetal-AM, o Amazonas não pode ser tratado como se tivesse duas únicas opções: ou mantém a ZFM no seu modelo original ou, manda toda a população desmatar a floresta para a sua sobrevivência.
Valdemir Santana disse que o estado é organizado, com uma indústria que beneficia os trabalhadores, alimenta o comércio, os prestadores de serviços, que gera impostos e que faz da cidade de Manaus ser uma das capitais mais exuberantes do País. “Isso tem que ser respeitado”, finaliza.
*Com informações Corréio da Amazônia