Samsung, Honda, P&G … tiram R$ 158,3 milhões/ano do bolso dos temporários

Dos aproximadamente 7.200 trabalhadores contratados irregularmente pelas fábricas do Polo Industrial de Manaus (PIM), pelo ‘sistema temporário’, cada um perde em torno de R$ 8.140,00 por cada contrato de 1 ano de trabalho.

Pelos cálculos feitos pelo Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal), com base no piso da categoria, cada trabalhador contratado pela Samsung da Amazônia, Moto Honda, Positivo, a P&G, Flextronics, Metal fino, Salcomp, Pioneer, Panasonic, Midea, Electrolux, Whirlpool e outras, perdem por ano R$ 1.600,00 de aviso prévio -, R$ 600,00 referente a 40% do FGTS -, R$ 3.390 do seguro desemprego -, perde o plano de saúde no valor de R$ 8.160,00 -, a Creche para cada filho no valor de R$ 6.800,00 -, R$ 1.440,00 de perda no Plano Odontológico.

Se multiplicar pelos 7.200 trabalhadores temporários existentes no Polo Industrial de Manaus (PIM), a soma é astronômica e chega à casa dos R$ 158,3 Milhões/Ano. Esse é o montante que as empresas multinacionais deixam de repassar ao trabalhador e à economia do Estado.

 

Para o presidente dos Metalúrgicos do Amazonas, Valdemir Santana, as diretorias dessas empresas estão fazendo uma ‘sangria nos bolsos dos trabalhadores’ e aumentando os seus faturamentos muito acima dos ‘bilhões de lucro’ arrecadados anualmente, sempre favorecidos pelos incentivos fiscais dados pelo Governo do Estado.

Terceirização

Depois que ‘inventaram a lei da terceirização’ o trabalhador fica nove meses pelo Recurso Humano e, depois, é mandado embora sem nenhum direito. No caso da Samsung da Amazônia, os RH contrata no máximo por três meses e joga o cidadão(ã) na estatística do desemprego. Ou seja, o trabalhador sai com uma mão na ‘frente e outra atrás, sem eira e nem beira’.

Valdemir lembra que as empresas do PIM utilizam esse mecanismo irregularmente, para explorar os trabalhadores. “Nossa Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) proíbe isso. A própria Lei da Terceirização diz que o contrato tem que ser igual ao da CCT do Sindicato. Tem a P&G (a pior do Estado), que tem 900 funcionários e mais de 1.000 terceirizados. Na maior exploração promovida por diretores que moram no Sul do País”, aponta Santana.

As piores

A Samsung, P&G, Flextronics e outras, avançaram com a exploração depois que a pandemia se instalou no Brasil. Nesse período, mais de 10 mulheres grávidas foram demitidas sem direito a nada. Um jovem trabalhador de 25 anos, foi acidentado dentro da P&G, perdeu a memória e foi demitido sem um mínimo humanidade. “Eu apelo ao Governador, para suspender os incentivos dessas empresas”, apela.

Fim do isolamento

O Sindicato está aguardando a saída do isolamento social, para tomar medidas mais drásticas. Uma dela seria a paralisação dessas fábricas até que o Ministério do Trabalho, Suframa, a justiça, o poder público resolva fiscalizar esse setor que só explora a mão-de-obra para obter lucros astronômicos.

 

Fonte: Correio da Amazônia

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