Superintendente da SUFRAMA tem que defender a Amazônia e ouvir os trabalhadores

A mudança no comando da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), não terá sentido nem irá alterar o atual cenário se não considerar, em primeiro lugar, a defesa da Amazônia e do Amazonas. Essa é a avaliação do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Valdemir Santana, para quem o ex-superintendente, Alfredo Menezes Júnior, “nunca aceitou diálogo com os trabalhadores”.

O coronel reformado do Exército, Alfredo Menezes Junior, pediu exoneração do cargo na última segunda-feira, 02, após contato ser informado pelo general Luiz Eduardo Ramos, articulador político do Palácio do Planalto, que o presidente da República estava negociando o cargo com integrantes do Centrão a fim de dar sustentabilidade ao atual governo, segundo informações divulgadas pela imprensa local.

O general da reserva, Algacir Polsin, ex-comandante de operações do Exército na Amazônia, foi indicado pelo presidente Bolsonaro para dirigir a autarquia daqui para frente.

Para Santana, o novo superintendente precisa levar em conta os princípios que nortearam a criação da Zona Franca de Manaus. “A ZFM foi criada na década de 60 como forma de evitar que ela fosse tomada por forças estrangeiras e como fator de integração à economia do restante do País”, explica Santana. “Graças a essa visão, o estado do Amazonas conseguiu, pelo menos até quatro anos atrás, manter intacto 98% da floresta”, acrescenta Valdemir Santana.

Ele defende também que o novo dirigente da Suframa dê atenção aos trabalhadores e converse com os representantes da classe. “Sempre que os trabalhadores foram ouvidos pela Suframa as condições de trabalho e o relacionamento com as empresas melhoraram consideravelmente”, disse.

MAIS EMPREGOS

Outro aspecto importante destacado por Valdemir Santana é a geração de empregos no Polo Industrial de Manaus. Na gestão do superintendente que deixa o cargo não foram criados novos postos de trabalho. Em vez disso, houve demissões em vários setores.

“Esse governo não contribui para criar novos empregos. Pelo contrário. Perdemos vários empregos com o fechamento de fábrica de componentes e perdemos as empresas que fabricam lâmpadas de LED”, diz Santana. Ele explica que isso aconteceu em decorrência da não execução do Processo Produtivo Básico (PPB).

“Perdemos mais de 10 mil empregos após a liberação das importações”, denuncia Valdemir Santana. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos critica a concessão de benefícios fiscais sem a devida contrapartida para os trabalhadores e para a sociedade. Segundo ele, nos países de origem das grandes empresas instaladas no PIM a jornada de trabalho é menor do que no Brasil. “Está provado que, quando a jornada de trabalho era de 48 horas semanais no Brasil, uma motocicleta era produzida em 56 segundos. Agora, leva apenas 14 segundos”, explica o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos.

“Todos esperam que o novo dirigente da Suframa entenda a realidade da Amazônia. Se ele se mantiver longe do diálogo com os amplos setores da sociedade, será como trocar seis por meia dúzia”, avalia o dirigente sindical.

J.Rosha

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