As cores ‘azul’ para homens e ‘rosa’ para mulheres, nos uniformes da Samsung da Amazônia, está sendo visto pelo Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal), como mais uma discriminação imposta aos trabalhadores na fábrica do Polo Industrial de Manaus (PIM).
A fábrica estaria adotando os seus métodos trabalhistas no Brasil iguais aos que praticam nas fábricas coreanas.
Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Valdemir Santana, se é para adotar cores para homens e mulheres, que também escolham cores para os gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros (LGBTs), fornecendo uniformes diferenciados para cada orientação sexual dos trabalhadores.
“Não bastassem os privilégios para os trabalhadores coreanos da fábrica em Manaus, que tem direito a 15 minutos para fumar quantas vezes quiserem, descanso após as refeições maior do que os trabalhadores brasileiros tem direito, agora inventaram essa de separar homens e mulheres por cor”, aponta Santana.
De acordo com o sindicalista, os privilégios dos coreanos são tantos, que até cobertura para guardarem carros nos estacionamentos eles tem e, os brasileiros não. Por isso considera um absurdo a ‘invenção de fazer o fardamento Mulher (rosa), Homem (azul). “O correto era ter uma cor única para todos, independente do sexo, religião ou nacionalidade”, explica.
Machismo
Conforme disse Valdemir Santana, o novo diretor do Recursos humanos (RH) da Samsung no Amazonas tem feito das linhas de produção um laboratório de experiência para o machismo oculto nele ou, o que ele importou de outros mercados, paulista ou coreano.
Sem aceitar a discriminação de cores, sexo ou nacionalidade, o Sindicato dos Metalúrgicos está tomando as medidas jurídicas cabíveis e verificando os crimes previstos na Lei, conforme constam na Legislação Brasileira.
Diretoria Samsung
Consultada pela redação do Portal Correio da Amazônia sobre quem teria tido a ideia de fazer uniformes com cores separadas, para homens e mulheres e, de onde veio a decisão, a diretoria da Samsung ou, não quis se manifestar ou preferiu ignorar a pergunta, até o fechamento desta matéria.
FONTE: CORREIO DA AMAZÔNIA