Cesta Básica de Manaus é a 4ª mais cara do País

A Farinha contribuiu para o aumento da Cesta Básica em Manaus

O custo da cesta básica de Manaus aumentou comparativamente ao mês anterior ficando em R$ 314,18 em fevereiro de 2013 de acordo com pesquisa realizada pelo DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. Com o aumento do valor da cesta a capital amazonense passou a ocupar a 4° colocação dentre as 18 capitais onde é realizada a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, seguindo definições do Decreto-Lei 399, de 30 de abril de 1938.
O preço da cesta básica de Manaus, composta por 12 produtos, apresentou aumento de 4,13% em relação ao mês de janeiro . No mê s anterior o conjunto de itens alimentícios essenciais custava R$ 301,73. Em fevereiro de 2012 a cesta básica custou R$252,93.
Poder de compra do Salário Mínimo em Manaus
Comparativamente com janeiro de 2013 um trabalhador que ganha um salário mínimo em Manaus comprometeu, em fevereiro, 50,37% de seu rendimento líquido – R$ 623,76 , após o desconto de 8% referente à contribuição previdenciária – com a aquisição dos alimentos básicos. Em janeiro o comprometimento foi de 48,37%. Este mesmo trabalhador precisou trabalhar 101 horas e 57 minutos para comprar a cesta básica em fevereiro. Em janeiro a jornada exigida era de 97 horas e 54 minutos. Em fevereiro, para comprar os gêneros alimentícios essenciais, o trabalhador remunerado pelo salário mínimo precisou realizar, na média das 18 capitais pesquisadas, jornada de 94 horas e 57 minutos, tempo superior às 92 horas e 17 minutos exigidas em janeiro. Em relação a fevereiro de 2012, a jornada comprometida também foi maior, já que naquele mês eram necessárias 85 horas e 30 minutos.
A alimentação básica de uma família manauara custa R$ 942,54
O custo da cesta básica para o sustento de uma família de quatro pessoas (dois adultos e duas crianças, sendo que estas consomem o equivalente a um adulto) foi de R$ 942,54 durante o mês de fevereiro. Esse valor equivale a aproximadamente 1,39 vezes o salário mínimo bruto, fixado pelo governo federal em R$ 678,00 . No mês anterior, o custo da cesta básica para esta mesma família foi de R$ 905,19.
Salário mínimo necessário é R$ 2.743,69
Para estimar o valor do salário mínimo necessário, o DIEESE leva em consideração o maior custo para o conjunto de itens básicos – que em dezembro foi verificado em São Paulo – e o preceito constitucional que estabelece que o menor salário pago deveria suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. Para atender a essas necessidades, em fevereiro de 2013, o menor salário pago deveria ser de R$ 2.743,69 , ou seja, 4,05 vezes o mínimo de R$ 678,00 que entrou em vigor a partir de janeiro, conforme definição do Governo Federal. Em fevereiro de 2012, o valor necessário para atender às despesas de uma família chegava a R$ 2.323,21, o que representava 3,74 vezes o mínimo de então (R$ 622,00).
Na capital amazonense, a cesta básica custou, em fevereiro, R$314,18. Oito produtos aumentaram seus preços, quatro apresentaram redução, influenciando o custo total da mesma que ficou 4,13% mais cara no mês. A farinha (16,31%) foi o produto que apresentou maior alta no mês seguido do feijão (8,91%), do tomate (8,76%), da banana (3,01%) , da manteiga (2,32%), do pão (2,07%), do arroz (1,23%) e da carne (0,12%). O açúcar (-3,43%) foi o produto que apresentou a maior redução no mês seguido do óleo (-2,36%) , do leite (-1,07%) e do café (-0,23%).
A farinha registrou a mesma tendência dos meses anteriores acumulando alta de 172,97% nos últimos 12 meses na capital amazonense; e só nos dois primeiros meses do ano a alta chega a 42,59%. Novamente neste mês todas as capitais das regiões norte e nordeste onde a pesquisa é realizada apresentaram altas nos preços da farinha de mandioca. O maior consumo per capita por ano verificado no país é na região norte, 23,5 kg/ano, seguido da região nordeste, 9,67kg/ano/por pessoa. Portanto esse aumento tem um peso significativo no poder de compra dos trabalhadores manauenses.
O feijão sofreu tendência contraria do mês anterior apresentando alta no preço de (8,91%) , nos últimos 12 meses apresenta uma alta de (26,23%). Dezesseis das 18 capitais pesquisadas apresentaram este comportamento no mês. A alta verificada no feijão ainda reflete a oferta bastante ajustada do produto no mercado nacional e uma demanda sustentada. De acordo com a CONAB o mercado está na expectativa da 2° safra, cujo cultivo deverá ser concluído em março.
A banana, na análise anual, sofreu um aumento de (25,24%). Segundo o CEPEA/ESALQ/USP a seca nas regiões produtoras de banana pesou para a baixa oferta do produto tornando-o mais caro.
Cesta básica mantém tendência de alta
Em fevereiro, os preços dos gêneros alimentícios essenciais continuaram em alta e subiram em 15 das 18 capitais onde o DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – realiza, mensalmente, a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. As maiores elevações foram apuradas em Recife (8,35%), Fortaleza (7,22%), e João Pessoa (7,11%). Retrações ocorreram em Vitória (-0,63%), Goiânia (-0,56%) e Brasília (-0,24%).
Em fevereiro de 2013, São Paulo continuou sendo a capital onde se apurou o maior valor para a cesta básica (R$ 326,59). Depois aparecem Porto Alegre (R$ 318,16), Florianópolis (R$ 314,46) e, com valor semelhante, Manaus (R$ 314,18). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 238,40), Campo Grande (R$ 269,38) e Salvador (R$ 270,04).

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