Cesta Básica fica 13,48% mais cara em Manaus

O custo da cesta básica de Manaus aumentou comparativamente ao mês anterior ficando em R$ 290,27 em dezembro de 2012 de acordo com pesquisa realizada pelo DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. Com o aumento do valor da cesta a capital amazonense passou a ocupar a 5° colocação dentre as 18 capitais onde é realizada a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, seguindo definições do Decreto-Lei 399, de 30 de abril de 1938.
O preço da cesta básica de Manaus, composta por 12 produtos, apresentou aumento de 1,90% em relação ao mês de novembro. No mês anterior o conjunto de itens alimentícios essenciais custava R$ 284,85. Em dezembro de 2011 a cesta básica custou R$255,79. A Cesta Básica é definida pelo Decreto-Lei no399 de 30 de abril de 1938 para o consumo mensal de uma pessoa adulta.
Poder de compra do Salário Mínimo em Manaus
Comparativamente com novembro de 2012 um trabalhador que ganha um salário mínimo em Manaus comprometeu, em dezembro, 50,73%de seu rendimento líquido – R$ 572,24, após o desconto de 8%referente à contribuição previdenciária – com a aquisição dos alimentos básicos. Em novembro o comprometimento foi de 49,78%. Este mesmo trabalhador precisou trabalhar 102 horas e 40 minutospara comprar a cesta básica em dezembro. Em novembro a jornada exigida era de 100 horas e 45 minutos. Assim, em dezembro, o trabalhador que recebe salário mínimo precisou trabalhar, em média, 93 horas e 54 minutos, tempo superior às 92 horas e 10 minutos exigida em novembro. Emrelação, a dezembro de 2011 a jornada exigida foi menor, já que naquele mês eram necessárias 97 horas e 22 minutos. Este movimento está associado ao aumento do salário mínimo verificado no período.
A alimentação básica de uma família manauara custa R$ 870,81
O custo da cesta básica para o sustento de uma família de quatro pessoas (dois adultos e duas crianças, sendo que estas consomem o equivalente a um adulto) foide R$ 870,81 durante o mês de dezembro. Esse valor equivale a aproximadamente 1,40 vezes o salário mínimo bruto, fixado pelo governo federal em R$ 622,00. No mês anterior, o custo da cesta básica para esta mesma família foi de R$ 854,55.
Salário mínimo necessário é R$ 2.561,47
Para estimar o valor do salário mínimo necessário, o DIEESE leva em consideração o maior custo para o conjunto de itens básicos – que em dezembro foi verificado em São Paulo – e o preceito constitucional que estabelece que o menor salário pago deveria suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. Para atender a essasnecessidades, em dezembro, este valor correspondeu a R$ 2.561,47, ou seja, 4,12 vezes o mínimo em vigor, de R$ 622,00. Em novembro, o mínimo necessário era menor, equivalendo a R$ 2.514,09, ou 4,04 vezes o piso vigente. Em dezembro de 2011, o valor necessário para atender às despesas de uma família chegava a R$ 2.329,35, o que representava 4,27 vezes o mínimo de então (R$ 545,00).
Comportamento dos preços
Na capital amazonense, a cesta básica custou, em dezembro, R$290,27. Em relação a novembro, houve uma alta de 1,90% nos preços dos produtos essenciais. Oito produtos aumentaram seus preços, três apresentaram redução e produto não teve seu preço alterado, influenciando o custo total da mesma que ficou 1,90%mais cara no mês. A farinha(12,43%) foi o produto que apresentou maior alta no mês seguido da manteiga(10,16%), do arroz (4,63%), do feijão (2,90%), do tomate(2,78%), da banana (2,25%), do óleo(2,20%)e do leite(1,10%). O pãonão apresentou variação em seus preços. O açúcar (-5,43%)foi o produto que apresentou a maior redução no mês seguido do café (-0,95%)e da carne (-0,79%).
A farinharegistrou a mesma tendência dos meses anteriores acumulando alta de 90,58% no ano. A queda na produção da região nordestina, associada ao aumento da demanda pela farinha, influenciou nesta alta no ano.
O preço do arroz sofreu impacto, principalmente, da redução de área plantada o que ocasionou diminuição da oferta do produto do mercado interno ao longo de 2012. Em dezembro, com resultados divulgados para as 18 capitais, os preços aumentaram em 10 localidades, inclusive Manaus.
O feijão, assim como no caso do arroz, a oferta do produto também sofreu revezes devido a adversidades climáticas no momento do plantio, resultando em queda de produtividade média das lavouras. Em dezembro, considerando as 18 capitais, os preços aumentaram em 14 localidades, entre estas, Manaus.
O tomate apresentou alta. As condições climáticas tendem a determinar fortes oscilações nos preços do produto, como ocorreu este ano, devido ao excesso de chuvas no momento do plantio ocasionando quebra de safra ao longo da segunda metade do ano. Em dezembro, frente a novembro, o preço do produto aumentou em doze cidades.
A banana registrou alta nos preços em pelo menos seis capitais. O óleo também apresentou alta em pelo menos sete capitais. Os valores para o óleo de soja em 2012 foram influenciados pelo aumento do preço da soja nos mercados internacionais, principalmente a partir do segundo semestre do ano, devido à quebra de safras nos principais países produtores e também à especulação de preços nas bolsas internacionais de grãos. A safra nacional também teve redução, o que majorou os preços dos derivados da oleaginosa.
Análise acumulada
O comportamento dos preços da cesta básica em 2012 apresentou alta significativa ao longo do ano. Os valores verificados neste ano são os mais altos desde o início da série em outubro de 2008. Entre janeiro e dezembro, a alta acumulada é de 13,48%. A farinha de mandioca foi o produto com a maior alta acumulada no ano (90,58%), o feijão também com alta (32,94%), óleo (26,19%), arroz (18,31%), tomate (16,14%), manteiga (15,23%), banana (14,23%), pão (13,19%), leite (6,08%), carne (2,62%) e café (2,47%). Dos doze produtos somente o açúcar apresentou redução nos preços no ano de 2012 (-12,12%).
Observando ainda os dados do gráfico, o maior valor registrado até o momento na cesta de Manaus foi de R$ 298,22 em outubro de 2012. O menor valor foi registrado em abril de 2009 (R$210,69).
Cesta básica aumenta em todas capitais em 2012
Em 2012 os preços da cesta básica apresentaram alta em todas 17 capitais onde o DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – realizou mensalmente, durante todo o ano, a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. Nove localidades apresentaram alta acima de 10%, com as maiores elevações, no ano, apuradas em Fortaleza (17,46%), João Pessoa (16,47%) e Recife (15,26%). As menores oscilações ocorreram em Vitória (5,63%), Porto Alegre (6,32%) e Goiânia (6,68%).
Em dezembro – mês em que o DIEESE passa a divulgar a estimativa de preços da cesta básica em 18 capitais, com a inclusão de Campo Grande – MS – houve aumento em quinze localidades, com as maiores variações situando-se em: Goiânia (10,61%), Rio de Janeiro (3,58%) e Brasília (3,41%). No mesmo período, três cidades apresentaram queda nos preços, Natal (-2,75%), Vitória (-1,50%) e Aracaju (-0,76%).
São Paulo continuou sendo a capital onde se apurou o maior valor para a cesta básica (R$ 304,90). Depois aparecem Porto Alegre (R$ 294,37) e, com custo semelhante, Vitoria (R$ 290,89) e Belo Horizonte (R$ 290,88). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 204,06), Salvador (R$ 227,12) e João Pessoa (R$ 237,85).
Fonte: DIEESE

. A Cesta Básica é definida pelo Decreto-Lei no399 de 30 de abril de 1938 para o consumo mensal de uma pessoa adulta.

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