De acordo com levantamento realizado a partir de dados do Sistema de Acompanhamento de Salários (SAS), mantido pelo DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, foram comparados os resultados dos reajustes entre 2009 e 2013* de 12 unidades de negociação no estado do Amazonas, o que representa 3,7% das unidades analisadas no Painel Nacional e 57,1% das unidades analisadas na Região Norte.
A comparação entre os percentuais de reajustes iguais, acima e abaixo do INPC- IBGE nos últimos cinco anos (Tabela 2) os resultados alcançados no estado do Amazonas em 2013* são bem parecidos com o ano de 2011.
Aumentos reais foram observados em 66,7% das unidades de negociação consideradas, e perdas reais ocorreram em torno de 33,3% das negociações.
Nos cinco anos analisados, a maior parte dos reajustes resultou em aumentos reais de até 3% acima do INPC-IBGE. Em 2010, há grande alteração nestas três faixas; e em 2011, os ganhos reais entre 1% e 2% suplantam os situados na primeira faixa.
Há que se destacar a redução do percentual de negociações com aumento real na faixa entre 3,01% e 4% em 2012, mas houve aumento na faixa acima de 5% e em 2013* resultou outra vez que a maior parte dos reajustes de aumentos reais se situasse na faixa de até 3% acima do INPC-IBGE.
(*) 2013 – dados parciais – até julho
Quantos aos reajustes abaixo do INPC-IBGE, a maior parte, nos cinco anos, concentrou-se na faixa de até 1% abaixo do índice. O melhor resultado – ou seja, aquele em que houve menor incidência de reajustes abaixo do índice e quando ocorreu a perda foi de menor magnitude – foi observado em 2013.
Dos setores de atividade analisados o resultado acumulado dos últimos 5 anos demonstra que o setor de Serviços obteve um resultado melhor que o setor da Indústria e do Comércio no que diz respeito à ganhos superiores a inflação acumulada no período.
O setor industrial se destacou por sua forte recuperação em 2010, quando comparado a 2009 – ano em que o setor sofreu com os efeitos da crise internacional; e com resultado igual em 2012.
Neste período o percentual de reajustes acima da inflação subiu de 85,7%, em 2009, para 100%, em 2010. Em 2011 71,4% das negociações observadas obtiveram ganhos superiores à inflação acumulada no período.
Em 2012 voltaram aos patamares de 2010 com 100% dos reajustes por cima do INPC-IBGE , um dos melhores resultado da série, assim como em 2010, nenhuma das negociações analisadas no setor conquistou reajuste abaixo do INPC-IBGE.