A constatação foi feita pela diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas, que nos três primeiros meses de 2013, registrou no seu setor de homologações, demissões nas empresas Britânia, Philco, LG da Amazônia, TPV do Brasil, assim como, na Moto Honda da Amazônia. Em todas elas, o número de demissões é equivalente ao número de contratações.
Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Valdemir Santana, a falta de qualificação é um dos principais fatores da rotatividade registrada na mão de obra do PIM. Menos qualificados, os trabalhadores terminam por ceder os seus lugares para técnicos especializados, que atendem a implantação das novas tecnologias industriais, mais avançadas e mais precisas em termos de qualidade do produto acabado.
A direção do Sindicato, segundo Valdemir, ha tempos vem alertando os trabalhadores sobre a necessidade deles se especializarem, de concluírem o ensino médio e de ingressarem nas universidades. Implantou, inclusive, cursos técnicos no Instituto de Educação Profissional – IEP, mas a demanda foi aquém do esperado. O Cetam (Centro de Educação Tecnológica do Amazonas) tem cursos gratuitos em áreas específicas para a indústria, a Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), também disponibiliza vagas para essa área.
“O Sindicato tem incentivado e apoiado os trabalhadores a buscarem essas vagas, mas tem que contar com o interesse individual no sentido de garantir os seus próprios empregos”, acentua Valdemir Santana, que já propôs ao governo do Estado, um projeto de criação da Universidade do Trabalhador ou, percentual de vagas nas universidades para quem, comprovadamente, trabalha na indústria.