Os trabalhadores do Polo Industrial de Manaus (PIM) devem receber R$ 221 milhões em Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 177 empresas. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal-Am), o benefício é pago em duas parcelas, uma em julho e agosto e outra em dezembro e janeiro.
De acordo com o presidente do Sindmetal-Am, Valdemir Santana, somente as PLRs da Samsung, Honda e LG somaram R$ 70 milhões. “O recebimento do valor está condicionado ao alcance de metas da equipe e individuais, como produtividade e assiduidade”, disse acrescentando que no ano passado o resultado foi um pouco melhor.
“Está praticamente igual ao ano passado, mas como algumas empresas fecharam e outras diminuíram o número de trabalhadores, isso influenciou”, destaca Santana. A Moto Honda, por exemplo, tinha 9 mil funcionários e atualmente conta com 5 mil, afirma o sindicato.
Esse benefício atende tanto o patrão quanto o trabalhador. Para o empregador, o valor é parte do faturamento alcançado com a meta de crescimento definida para o referido ano. Para os trabalhadores, a PLR é um estímulo à produtividade e um importante reforço financeiro no final do ano.
Para muitos empregadores, essa é uma despesa maior, a redução nos lucros. Na visão da administração moderna, o valor adicional nos contracheques é uma ferramenta importante para se alcançar faturamentos, desempenhos melhores que o da concorrência.
Segundo os dados mais recentes dos Indicadores de Desempenho do Polo Industrial de Manaus, elaborado pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), as indústrias do PIM faturaram de janeiro a maio desse ano, US$ 9,96 bilhões, o que corresponde a R$ 31,4 bilhões. O resultado em dólar é 29% acima do ano passado e 10% maior em real, na mesma comparação.
O maior faturamento (28,75%) é do setor eletroeletrônico, seguido de Bens de Informática (20,61%), enquanto Duas Rodas corresponde a 14% do total faturado no período. Tanto eletroeletrônico como bens de informática tiveram incrementos de 38,4% e 46,4% no acumulado de janeiro a maio.
FONTE: DIÁRIO DO AMAZONAS